PELA MINHA PALAVRA - Lição 8

02/11/2012 09:22

 

 

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LIÇÃO 8/10

 

 

 

PELA MINHA PALAVRA

 

Por: Geisiel Santos

 

 

TEXTO ÁUREO

"Porém ele lhe disse: Eis que há nesta cidade um homem de Deus, e homem honrado é; tudo quanto diz, sucede assim infalivelmente..."  (I Samuel 9 : 6)

 

 

 

VERDADE PRÁTICA

A nós é dado o direito de falar, mas só a Deus pertence o poder de transformar palavras em realidade.

 

 

 

I Reis 17

1  ENTÃO Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.

2  Depois veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:

3  Retira-te daqui, e vai para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.

4  E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem.

7  E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra.

 



 

 

INTRODUÇÃO

 

 

 

Está se tornando cada vez maior o número de profetas que agem por conta própria sem antes consultar o Senhor.

 

Nunca houve tantas profecias e promessas sem amparo Bíblico como está acontecendo em nossos dias. Cada um tem um recado para passar e todos querem mostrar que são homens e mulheres de Deus.

 

A questão é: Até onde o Senhor se responsabiliza em cumprir as nossas palavras? Até onde Jesus é obrigado a fazer tudo o que estamos afirmando que Ele vai fazer? Será que isso pode ser pregado como doutrina ou temos que pesquisar um pouco mais sobre este assunto?

 

 

 

 

1. REFERÊNCIA BÍBLICA

 

 

 

Para justificar as tais profecias particulares, os profetas costumam usar como referência o texto de      I Reis 17.1 onde Elias aparece dizendo que não choveria até que ele dissesse para chover.

 

A questão é que ao usar este texto não é levado em conta o contexto que envolve essa história.

 

1º - Elias fala que não choveria até ele dizer que iria chover, no entanto, ele só volta para dizer que vai chover no dia em que o Senhor diz que vai trazer chuva (IRs. 18.1), o que prova que a palavra de Elias, na verdade, era um recado de Deus.

 

2º - Mesmo que Elias tivesse falado por sua própria imaginação e Deus honrasse a sua palavra, este texto não serviria como base para uma regra doutrinária.

 

 

2.1) Precisamos de pelo menos três  referências para criar uma doutrina, e nesse caso só teríamos uma. Sendo assim, esse texto seria uma fonte de inspiração de fé e coragem, mas não uma regra de conduta espiritual.

 

Uma vez provado que Elias agiu debaixo da ordem de Deus, podemos afirmar que este texto não serve como base para as determinações que a nossa geração aprendeu a fazer.

 

 

 

 

2. CONFISSÃO POSITIVA

 

 

 

A expressão "confissão positiva" pode ser legitimamente interpretada de várias maneiras. A mais significativa de todas é que se refere a trazer à existência   o   que   declaramos com nossas palavras.

 

De acordo com os pregadores da confissão positiva, a pobreza e a doença derivam de maldições, fracassos, vida de pecado ou fé insuficiente além de incredulidade. Já que se você tiver uma vida íntegra diante de Deus (ou seja, dar muitas ofertas), você jamais ficará doente ou enfrentará problemas em sua vida.

 

De acordo com essa linha de pensamento, a sua palavra vale tanto quanto a de Deus e você só precisa dizer: “aceito isso” ou “não aceito aquilo” e tudo fluirá de acordo com teu querer.

 

A pergunta que fica sem resposta é: Onde foi colocada a vontade de Deus nessa mensagem?

 

Será que o querer do homem tem mesmo o poder de se sobrepor ao poder de Deus? Ou estamos sendo enganados pelos nossos próprios desejos?

 

Com certeza a vontade do Senhor é soberana e prevalecerá em qualquer que seja a área da nossa vida.

“ Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Fl. 2.13)

 

 

 

 

3. DETERMINAÇÃO

 

 

 

Dentre tantas outras traduções que podem ser dadas a esta palavra, vamos frisar algumas que representam mais o sentido em que ela é usada dentro das igrejas evangélicas:

 

Determinar é: “Resolver, decidir, estabelecer, ordenar, ou decretar.”

 

Diante dessas traduções, posso afirmar que ao determinar uma bênção estamos decidindo por Deus, ou pior, ordenando e decretando a ação de Deus.

 

Não precisa ser um grande teólogo para saber que este não é o papel de um servo de Cristo, não temos o direito de dar ordens a Deus e exigir que Ele faça ou que desfaça algo em nossas vidas, afinal, por mais intimidade que tenhamos, ainda seremos servos.

 

“Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas; Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos?” (Is. 45.7 e 9)

 

 

 

 

4. NOSSO DIREITO

 

 

 

Em nenhum momento na Palavra de Deus o Senhor falou que não nos abençoaria, pelo contrário, em toda a Bíblia encontramos promessas que nos garantem as bênçãos de Deus (Sl. 132.15;   Is. 53. 4,5;    ICo. 10.13;       Ap. 3.8), inclusive promessas de que essas bênção já estejam liberadas.

 

O que não podemos é achar que por essas bênçãos serem para nós, temos o direito de gritar e dar ordens para Deus. Ele nos abençoa porque tem prazer em nos abençoar e não porque tem a obrigação de nos dar a bênção.

Para alcançarmos a resposta do Senhor só precisamos pedir, sim, apenas pedir.

 

Quando você entrega tua causa ao Senhor e deposita nEle a tua confiança, Ele te responde sem que você precise ser imprudente ou insensato para com Ele. (Sl. 37.5;       Lc. 11. 9 – 13).

 

 

 

 

5. RECONHECENDO A SOBERANIA DE DEUS

 

 

 

Não devemos ter medo de apresentar uma necessidade a Deus, Ele é o nosso ajudador (Sl. 54.4;   Hb. 13.6), aquele que está sempre por perto e pronto para nos ajudar.

 

Mesmo não tendo o dever de nos abençoar, o Senhor nos abençoa, Ele responde as nossas orações e realiza o desejo da nossa alma. (Sl. 37.4).

 

Ao ensinar sobre determinação, e confissão positiva, não estamos falando que você não pode pedir, ou que Deus não te dará a bênção desejada, pelo contrário, o que está sendo ensinado nessa lição é que as misericórdias de Deus são tão grandes para conosco que com um simples e sincero pedido você recebe a tua bênção.

 

Quando pedimos com sinceridade reconhecendo a soberania de Deus, Ele é fiel e justo para nos abençoar.

 

Você não precisa determinar a tua bênção, o que você precisa é pedir. Deus só está esperando ouvir a tua voz para enviar a vitória, Ele já autorizou a resposta e quando receber a tua petição Ele te abençoará.

 

Todavia, não posso garantir que Ele terá prazer em te abençoar se ao invés de uma súplica, chegar gritos de ordem lá no céu. Lembre-se, Ele é o seu Senhor.

 

 

 

 

CONCLUSÃO

 

 

 

Agora que entendemos a soberania de Deus, podemos substituir o tema desta lição de: “Pela minha Palavra”, por: “Pela vontade e misericórdia do Senhor”.

 

Ao prostrar-se diante de Deus para falar com Ele, lembre-se de que Ele é Deus e você servo, portanto, clame com sinceridade, humildade e reconhecimento de fraquezas, não seja soberbo ao falar com Deus, mas "humilhai-vos debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo Ele vos exalte;"  (I Pedro 5 : 6)

 

 

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Geisiel Santos

www.geisielsantos.com

 

QUESTIONÁRIO

 

1. Qual a interpretação mais significativa de “Confissão Positiva”?

 

 

2. O que significa determinar?

 

 

3. Se Deus não tem obrigação de nos abençoar, Porque Ele nos abençoa?

 

 

4. O que é preciso para que Deus nos conceda uma bênção?

 

 

5. Por que frase devemos substituir o título desta lição em nossas orações?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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