SILÊNCIO DE DEUS

30/03/2012 14:52

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SILÊNCIO DE DEUS

 

Por: Geisiel Santos

 

Jó 13

22  Chama, pois, e eu responderei; ou eu falarei, e tu me responderás.

 

23  Quantas culpas e pecados tenho eu? Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado.

 

24  Por que escondes o teu rosto, e me tens por teu inimigo?

 

25  Porventura acossarás uma folha arrebatada pelo vento? E perseguirás o restolho seco?

 

26  Por que escreves contra mim coisas amargas e me fazes herdar as culpas da minha mocidade?

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

Se fizéssemos uma pesquisa para saber quem dentre os cristãos já enfrentou um momento de possível silêncio de Deus, tenho certeza que quase 100% responderiam que sim.

 

Há momentos que nos sentimos só, abandonados (ainda que isso de fato na aconteça), é assim que nos sentimos, temos a impressão de que nenhum das nossas orações estão sendo ouvidas por Deus e isso é bastante entristecedor.

 

É uma péssima fase que por algum motivo, Deus permite que todo o cristão em algum momento passe por ela. Não dá para prever quando ela vai chegar, não da para prever seu começo e nem seu fim, mas ela chega, chega para todos e nos traz uma aflição insuportável por se sentirmos desamparados por Deus.

 

No entanto, porque Deus permite isso? Porque Ele se cala quando mais queremos ouvir a sua voz? Será que Ele gosta de nos ver aflito ou tem algum propósito maior além do nosso desespero?

 

Vamos estudar um pouco sobre isso agora e entendermos os propósitos de Deus para a nossa vida.

 

 

JÓ, SEM AVISO E SEM JUSTIFICAÇÃO

 

 

Quando falamos da história de Jó, temos a impressão de que foi uma simples luta que ele enfrentou e que ele era um super homem que não se aborreceu nem desejou uma explicação de Deus. (Para os que pensam assim, sugiro que leia neste mesmo site o estudo “DETALHES DA HISTÓRIA DE JÓ”).

 

Ao contrário do que acontece na maioria das vezes, Jó não recebeu nenhum aviso de Deus sobre uma futura prova. Hoje entendemos a batalha entre Deus e o diabo que acontecia naquele momento, mas Jó não soube disso. A única informação que chegou para Jó, é que ele era o homem mais rico do oriente e agora acabava de se tornar um mendigo, como se não bastasse, seus dez filhos morreram em um só dia.

 

Para completar a situação, ele literalmente apodrece da cabeça aos pés, e Deus não lhe fala nada.

 

Não foi avisado, nem recebeu uma justificação por isso. Como fica a vida de Jó com tamanha pancada?

 

No capítulo 13 versículos 22 ao 26, Jó deseja que Deus lhe questione, ele quer descobrir qual foi o seu pecado para merecer tamanho mal, ele aceita ser repreendido por Deus desde que Deus lhe fale alguma coisa. Porém, Deus nada lhe responde.

 

Posso afirmar que nem mesmo a dor da perca dos filhos, ou a falta da saúde incomodou mais Jó do que se sentir desprezado por Deus, acredito que essa tenha sido a sua maior dor. Basta compararmos o tanto de vezes que ele reclama do silêncio de Deus com as vezes que ele reclama da sua dor corporal para sabermos o que mais lhe incomodava.

 

Deus não desamparou Jó, provou a sua fé até o último limite, mas desampará-lo jamais. Vencido o tempo determinado por Deus para aquela prova, Deus apareceu a Jó e conversou longamente com ele.

 

Jó recebeu tudo em dobro, teve outros filhos e viveu mais cento e quarenta e dois anos sob o cuidado do seu Senhor e foi o último estado de Jó melhor do que o primeiro.

 

 

DANIEL, 21 DIAS DE ESPERA

 

 

Vivendo em uma dispensação de ministério angelical, Daniel enfrentou um silêncio de 21 dias a espera de uma resposta (Daniel 10).

 

Ele afirmou que durante este período, alimento desejável não entrou na sua boca, ele permaneceu na oração e no jejum ansioso por uma resposta que não chegava.

 

Imagine um profeta, acostumado em ouvir a voz de Deus, desfrutando de uma comunhão íntima com o pai a ponto de orar e Deus lhe responder imediatamente, e agora não consegue uma resposta, era como se Deus tivesse ocupado demais para falar com ele. Será que pequei? Será que Deus já tem um novo profeta? Acredito que todas estas perguntas passaram pela cabeça de Daniel.

 

Mas a resposta chegou, no momento que ele menos esperava, andando à beira de um rio, o anjo do Senhor lhe apareceu com a resposta e trouxe também uma explicação para o tempo de espera.

 

Deus não havia desprezado o clamor de Daniel, a resposta já estava a caminho passando pelas batalhas angelicais no espaço. Ainda bem que Daniel não desistiu de esperar pela resposta do seu Deus.

 

 

COTIDIANO

 

 

 

Em nossa vida não é diferente, há momentos que Deus se cala e, por mais que tentemos obrigá-lo a falar Ele não fala. Existem situações que o crente vê todos à sua volta sendo abençoado e parece que só ele não é respondido.

 

É nessa fase que muitos entram em desespero, é exatamente nessa fase que muitos se desviam e desistem de esperar em Deus. No entanto, os momentos de silêncio de Deus são exatamente os momentos que antecedem a chegada da bênção.

 

Não existe uma maneira lógica de se prever a chegada da vitória, Deus dificilmente age pelos meios viáveis que estabelecemos para Ele. Isso acontece para que entendamos que ele não precisa de matéria prima para trabalhar. Ele cria, Ele faz e executa porque Ele é Deus.

 

Se Deus livrasse Daniel da cova dos leões, hoje diríamos que o rei Dario era um homem de bom coração. Se Deus livrasse Sadraque, Mesaque e Abednego da fornalha ardente, hoje diríamos que Nabucodonosor foi um homem generoso, e a glória de Deus estaria sendo dividida com meros mortais cheios de pecados.

 

Deus não divide a sua glória com ninguém, Ele permite que as esperanças humanas se acabem para que o servo possa entender que é Ele quem dará a vitória.

 

 

O TRABALHAR DE DEUS

 

 

Somos tendenciosos a procurar lógica para tudo, e assim, extinguimos o milagre das nossas vidas, sendo assim, Deus cria situações impossíveis para o homem, e se cala por um instante enquanto tentamos resolver do nosso jeito.

 

Nesse período, o crente tenta todas as possibilidades possíveis, luta até esgotar a última força do próprio braço e descobre que não há solução para o seu problema.

 

Depois dessa fase, o crente entra na fase da revolta. É a fase mais perigosa que existe, é aqui que muitos murmuram, blasfemam, tentam intimidar Deus com orações de desabafo e conseguir a bênção no grito. A questão é que Deus não opera na ansiedade do homem, então, Ele se silencia e espera pelo momento que o crente irá se render a humilhação e ao reconhecimento de que não merece as bênçãos de Deus.

 

Quando reconhecemos não merecer as bênçãos de Deus, entramos na humilhação, o crente pede com lágrimas, pranto e muito pedido de perdão, Deus não tem prazer em nos vê sofrendo, mas Ele sabe que durante esta última fase o crente procura corrigir quase tudo o que está errado na vida dele, e isso trará benefício espiritual para a pessoa. Sendo assim, Deus permite que isso aconteça para que coloquemos a nossa vida no altar de Deus e nos cheguemos mais perto dEle.

 

Finalmente, depois de reconhecer a grandeza de Deus, as falhas humanas e tudo o que envolve o relacionamento do filho com o pai, o crente é abençoado, Deus abre as comportas dos céus e faz descer bênçãos incontáveis na vida do cristão, bênçãos que ultrapassa a expectativa e a necessidade humana, pois Deus é fiel, e mesmo nós não merecendo, Ele tem prazer em nos abençoar.

 

 

CONCLUSÃO

 

 

Deus não tarda, Deus não falha, Deus não esquece o seu povo, Ele apenas aguarda a hora certa.

 

Ficamos ansiosos porque não sabemos quanto tempo ainda teremos de vida, mas Deus permanece tranquilo porque Ele sabe se poderemos, ou não, desfrutar aquela sonhada bênção por longos tempos.

 

 É uma questão de confiança, de paciência e acima de tudo, de intimidade. Ele é fiel e só quer que nos acheguemos mais a Ele, se na bênção não concertamos o erro, Ele nos põe na prova, se na prova cumprimos o seu propósito, Ele nos tira da prova.

 

Quanto mais o crente demorar em chegar ao último estágio (o da humilhação e concerto), mais demorado será a resposta de Deus, então, seja sábio (a), passe pela prova chorando, se humilhando, suplicando, mais nunca se revoltando, ou murmurando, pois você só estará atrasando as bênçãos para a sua vida.

 

Espero que este estudo tenha te ajudado a se encontrar no meio do deserto, que tenha te servido de bússola que te guiará ao encontro da perfeita vontade de Deus.

 

Que Deus te abençoe e que a prova que estás passando seja rápida e passageira e que você que lê este estudo possa desfrutar muito das bênçãos de Deus.

 

 

 

Geisiel Santos

www.gieislsantos.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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